Últimos Filmes Assistidos #18

Nos últimos dias aproveitei uma folguinha da faculdade e durante esse tempo livre acabei assistindo alguns filmes. Eu preferiria ter saído de casa e dado um rolê? Sim, com certeza. Mas, Curitiba/PR está em bandeira vermelha e com restrições de lockdown desde o dia 27 de fevereiro, e eu estou mesmo evitando sair de casa a qualquer custo, Corona ainda tá aí gente! Então, nos meus raros momentos de tédio (por que no geral eu sempre acabo arrumando um trabalho pra fazer ou uma louça pra lavar) apelei para os meus passatempos favoritos: decorar meu Bullet Journal, jogar canastra, ler livros e assistir filmes/séries.

A Garota no Trem

Mira Kapoor sofre de perda de memória momentânea, e quando vê da janela de um trem algo estranho ocorrer em uma casa vizinha, ela acaba se metendo em uma grande confusão de histórias mal contadas e um assassinato. ~Não achei o trailer em português.

Em 2016, nos primórdios desse blog (ó o cheiro de talco, um blog bebê) eu fiz uma resenha do livro A Garota no Trem, da autora Paula Hawkins. No mesmo ano a atriz Emily Blunt ❤ protagonizou a adaptação do livro em um filme de produção norte-americana. Aí, essa semana, em uma das minhas visitas ao blog Kzmiro Books, acabei me deparando com a resenha de um filme que também segue o mesmo roteiro de A Garota no Trem, porém, é uma produção de Bollywood. E como eu amo a cultura indiana, tive que conferir o filme.

A Garota no Trem se passa em Londres, mas traz atores indianos e um pouco da cultura do país de origem. Não é um musical e o filme tem cerca de duas horas, o que é algo pouco comum em filmes de Bollywood, que geralmente duram três horas ou mais. O roteiro segue perfeitamente a base do livro, mas o final é um plot diferente e que acaba por surpreender o telespectador, inclusive, achei a conclusão desse filme mais interessante do que o final original criado pela autora do livro em que ele se baseou. O filme tem uns errinhos de filmagem, como o machucado na testa da protagonista, que ora está quase curado, e logo depois aparece como se tivesse acabado de ser feito. Além disso, Mira passa a mão no machucado como se fosse nada, ela não esboça nenhum sentimento de dor, enquanto eu, me sentia agoniada e só queria que ela lavasse aquele ferimento e o lápis que escorria do olho. Mas enfim, se você é tolerante a errinhos bobos, não deve se importar com isso.

Dia do Sim

Allisson é mãe e esposa em tempo integral e ela gosta disso. Mas, após uma reunião na escola, cansada de ser taxada como chata e megera pelos próprios filhos, ela resolve que a família terá o dia do sim, onde ela não poderá dizer "não" aos seus três filhos durante um dia.

Dia do Sim é um filme bem mamão com açúcar, é aquela produção levinha pra assistir com a família e apontar pra sua mãe dizendo: "ó mãe, você é bem assim", haha. Jennifer Garner, nossa eterna trintona (entendedores, entenderão) faz o papel de Allisson, mãe de três filhos que tenta dar disciplina, mas principalmente protege-los. Confesso que ela me lembrou muito minha mãe, que dentre outros acontecimentos, depois que eu sofri uma tentativa de sequestro aos sete anos, ela ficou super protetora. Até dá pra entender o lado da minha mãe. E o filme Dia do Sim traz esse tipo de reflexão familiar.

Moxie - Quando as Garotas Vão à Luta

Vivian tem dezesseis anos e após mais um início de ano letivo ela nota que sua escola sofre com o machismo em suas várias facetas. Então, inspirada pelo passado "rebelde" e ativista de sua mãe, Vivian resolve criar a revista Moxie, que fala sobre feminismo e sexismo, porém, ela se mantém no anonimato, enquanto Moxie acaba influenciando um grande grupo de adolescentes que se sentem como Vivian e resolvem tornar sua voz ativa.

Que filme incrível gente! Se você gosta de produções que se passam em ambiente escolar, mas tá cansada do clichê hierárquico de high school, aposta em Moxie e não vai se arrepender. Apesar de o filme trazer romance adolescente e dúvidas comuns dessa época da vida, ele se concentra na luta de um grupo de meninas em conquistar um direito básico: serem respeitadas na escola. Moxie traz representatividade e reflexões muito importantes, como assédio e formas diferentes de se lidar com o feminismo. Além de mostrar situações que acontecem na escola e que são muito críveis, uma delas eu mesma posso dizer que passei, já fui, por exemplo, censurada ao usar uma regata por que meu busto é avantajado, e eu nem estava mostrando mais do que achei que deveria mostrar ¬¬'. Se você é mulher, tenho certeza que vai se identificar com alguma cena do filme. Minha única ressalva é em relação ao final, achei que ele podia ter sido bem mais aproveitado e explicado. Lembrando que não sou feminista e tenho meus motivos, mas aprecio o respeito de modo geral.

Quanto a séries, apenas terminei de assistir WandaVision, e não tenho certeza se gostei, mas minha estima pelo Visão aumentou, amo a inteligência infinita dele, e fico feliz quando entendo suas referências, me sinto inteligente também, haha. E é isso gente, se o lockdown continuar, com certeza essa coluna aqui do blog será frequentemente atualizada em um pequeno período de tempo. Me conta aí o que você andou assistindo, preciso de indicações para sobreviver à quarentena.