29 abril 2024

Série Batalha das Solteiras




resenha batalha das solteiras

Batalha das Solteiras: Um Dorama Sobre o Amor Contemporâneo


Antes de conferir Batalha das Solteiras eu já havia tentado assistir alguns doramas, mas sem sucesso, nenhum me cativou até o final, definitivamente eu não sou dorameira, mas a série tailandesa Batalha das Solteiras que encontrei enterrada em algum lugar da Netflix me foi uma grande surpresa.

Em uma dimensão utópica acontece uma pandemia que define a sociedade onde a maioria dos nascimentos são de crianças do sexo biológico feminino, há poucos homens e ao nascer eles são exilados do convívio social para que sejam revelados apenas na idade de se casar, onde as mulheres devem disputá-los em um reality show televisivo.

A base da sinopse de Batalha das Solteiras não faz jus às nuances de crítica social que a série traz em seus episódios. Apesar de ter um enredo leve e romântico, o telespectador também é apresentado a discussões sobre o poder de escolha pessoal, descoberta LGBT, crítica ao sistema de saúde e a necessidade de agradar aos pais e ser perfeito em tudo.

A protagonista Day (Belle Kemisara Paladesh) não tem a menor intenção de se casar, mas ela entra no jogo involuntariamente e acaba vendo nele a oportunidade de dar uma melhor condição de vida e tratamento para a sua irmã mais nova, que está doente. Day é gaiata, uma menina-moleca, mas que também sabe de suas responsabilidades e não deixa que ninguém atrapalhe seus objetivos. 

batalha das solteiras

Fui facilmente conquistada pela Day, ela é divertida e o alívio cômico da série, mas por outro lado temos Chanel (Nichapalak Thongkham), uma moça que começa fazendo o papel da "patricinha insolente", mas depois nós entendemos o seu lado e também torcemos pela sua felicidade. Chanel passou a vida inteira tentando ser a filha perfeita, ela foi criada para se casar com Sun (Pongtiwat Tangwancharoen), o solteiro mais cobiçado da temporada da Batalha das Solteiras em que ela participará, mas seu coração não concorda com essa escolha.

Chanel vive à sombra de ser uma mulher que precisa alcançar os mesmos privilégios e orgulho de um homem na visão de sua mãe, da qual ela está sempre buscando aprovação. No oriente é comum acreditar que a família terá maior prosperidade e renome se o primeiro filho for do sexo masculino, na China por exemplo, por muitos anos o infanticídio feminino foi tratado como algo normal. Além disso, há a preocupação governamental com o descontrole populacional e o desequilíbrio na proporção dos sexos, dando uma desculpa para o infanticídio até os dias de hoje. Portanto, acaba se tornando uma sátira social um mundo onde 99% das pessoas são mulheres, como é retratado em a Batalha das Solteiras.

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A série também fala sobre a liberdade pessoal, a maioria das mulheres que se inscrevem para participar da batalha querem se casar, e os solteiros são como celebridades, as fãs guardariam com amor até mesmo suas cuecas, mas será que os homens apresentados tem a mesma perspectiva que elas, o que não dariam para serem anônimos? E se houvesse uma resistência que impedisse que os bebês do sexo masculino fossem levados ao retiro e crescessem longe de suas famílias? 

A Batalha das Solteiras trata de temas sérios em meio a uma competição divertida em um cenário colorido e lúdico, um dorama romântico e reflexivo que indico de olhos fechados como uma boa produção.

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